quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Together Forever - Capítulo 30

 Minha cabeça girava quando acordei de manhã. Quase caí no chão quando levantei da cama. Recuperei o equilíbrio com dificuldade. Depois me arrastei até o chuveiro. Hoje o dia prometia ser bem longo.
 Enquanto comia meu cereal, fiquei pensando no sonho que tive na noite passada. Sonhei que alguém tocava meu rosto com carinho. Acordei assustada pensando que a minha mãe precisava de alguma coisa. Que bobagem a minha, pensei. Minha mãe está a quilômetros de distância daqui.
 Chaz e Ryan não vieram me buscar em casa naquele dia, então a caminhada foi solitária. Eles eram legais, mas era um pouco chato ser assediada a cada minuto pelos dois.
 Pensar no sonho da noite passada me levou imediatamente a pensar no sonho que eu não tinha há muito tempo. O sonho com o garoto. Havia algo no toque e na voz dele que me era tão familiar, mas eu não conseguia me lembrar de onde.
 Fui tirada do meu devaneio por Cindy gritando comigo.
 - Sam! Eu preciso falar com você!
 - Ei! Calma! - falei quando ela quase esbarrou em mim.
 Cindy parou, colocou as mãos nos joelhos e respirou um pouco. Depois levantou a cabeça e me encarou.
 - Eu tenho a solução para o seu problema sobre a prova de amanhã de história, mas você precisa concordar, e ele também, e eu não sei se você concorda, porque vocês não se dão bem, e eu não sei se ele aceita, mas se ele aceitasse seria tão bom, e eu deixaria você usar a minha casa, porque eu sei que sei pai não deixaria e eu quero que você se dê bem na prova e...
 - Cindy! - cortei o que ela falava. - Que diabo você tá falando?
 - Amanhã tem o teste de história e você não sabe nada, mas eu sei de uma pessoa que pode te ajudar.
 - E quem seria essa pessoa?
 Nesse momento Chaz, Ryan e Justin chegaram na escola. Cindy gesticulou com a cabeça para Justin. Claro! O sabe-tudo tinha que estar metido no meio.
 - Claro que não! - berrei.
 - Por que não? Ele sabe história e você não!
 - Porque eu o odeio e ele me odeia. Quais são as chances disso dar certo?
 - Se os dois quiserem vai dar certo!
 - Mas eu não quero!
 Saí andando a passos duros. Será que ninguém me entendia nesse inferno gelado?
 O sinal tocou e eu fui para a aula.
 No meio da aula meu celular começou a vibrar no meu bolso. Peguei o aparelho para ver quem me ligava. O número no visor era da minha mãe. Felizmente eu tinha colocado o celular no silencioso. Infelizmente a professora conseguiu ver o aparelho na minha mão e o tomou, só devolvendo no final da aula.
 Na hora do almoço Cindy veio falar comigo. Ela tinha cara de culpada.
 - Tudo bem! - disse ela. - Eu me precipitei! Você o odeia, ele te odeia e vocês de odeiam! Eu só queria ajudar.
 Sorri para ela.
 - Eu sei que você só queria ajudar, mas ele nunca daria certo.
 - Mas se você ainda quiser ir à noite na minha casa para estudar comigo...
 Olhei para a sua carinha de cachorro pidão.
 - Eu vou.
 Ela sorriu imediatamente.
 - Ah! Valeu! - ela me deu uma abraço apertado.
 - Depois da escola eu vou lá.
 - Tá bom!
 Quando a aula terminou fui para a casa. Tomei banho, troquei de roupa e escrevi um bilhetinho para o meu pai dizendo onde eu estaria.
 Caminhei até a casa de Cindy e toquei a campainha. Ela disse para mim entrar. Quando entrei, vi um garoto sentado no chão, na mesa de centro. Era Justin.
 - O que você faz aqui? - perguntei a ele.

Nenhum comentário:

Postar um comentário