domingo, 13 de novembro de 2011

Together Forever (nome que ganhou pela votação) - Capítulo 29

 Quando nosso abraço acabou, eu levantei do banco.
 Eu: Pode ir me deixar com meu pai? Ele está me esperando para o almoço.
 Justin: Claro.

 Ele não disse nenhuma palavra. Parecia ansioso demais para sair de perto de mim. Andamos em uma proximidade segura. Nada muito perto, para nos tocarmos, e nem muito longe, para parecer que ele estava me seguindo. Justin me deixou na porte do restaurante e antes que eu pudesse agradecer ele se virou e saiu apressadamente. Como eu disse, ansioso demais para sair de perto de mim.
 Caminhei até a mesa em que meu pai estava. Ele parecia preocupado.
 - Onde você estava filha? - perguntou.
 - No banheiro. Desculpa se eu demorei - respondi sem entusiasmo.
 - Já pedi nossa comida. Espero que goste de Zuccotto - disse papai. - É uma comida típica daqui.
 O almoço foi monótono. Meu pai começou a fazer perguntas sobre minha mãe, meu amigos e o que eu estava achando de morar no Canadá. É claro que eu não ia dizer que estava sendo uma porcaria, até porque eu recebi educação. Mas, mesmo com todas as perguntas feitas pelo meu pai, acabei por pensar nele.


Justin
 Justin entrou em casa como uma bala, indo direto para o quarto e ignorando as perguntas da mãe. Precisava se concentrar em outra coisa. Em qualquer outra coisa.
 - Justin! O que aconteceu? - perguntou Pattie, mãe de Justin.
 - Não aconteceu nada - respondeu ele, rispidamente. - Só tive alguns problemas.
 - Tudo bem...
 Mas o que há de errado comigo?, pensou Justin, quase correndo para casa. Eu simplesmente imaginei alguém seguindo a garota. Eu to ficando maluco.
 Justin se punia por ter tirado a garota do restaurante por simplesmente imaginar que alguém a seguia. Isso era trabalho para Chaz e Ryan que estavam caidinhos por ela. Não para ele, que não precisava de namorada.
 Mas ela era linda. O cabelo castanho caindo em ondas delicadas até o meio das costas, os olhos castanhos cor de mel, os nariz em sintonia perfeita com os olhos e aboca, ah!, a boca. A boca parecia pétalas de uma rosa. Como se tivessem arrancado duas pétalas de rosas e colocado no rosto com a pele cremosa e suave.
 Ela havia chegado na cidade já fazendo confusão com ele. Havia deixado a cortina da janela aberta e ele acabou por vê-la trocar de roupa. Ela havia virado uma fera, mas o abraçou mesmo assim. Ela com certeza era uma pessoa estranha. 
 Já estava ficando tarde. Houve um movimento na casa ao lado. Um farfalhar nas cortinas e a luz acendeu. Justin foi até a janela. A casa já estava se preparando para dormir. As luzes estavam sendo apagadas. A única que ainda estava acesa era do quarto dela. Mais alguns minutos e a luz se apagou, tudo ficando em silencio. 
 Ele se jogou na cama e ficou lá por alguns instantes.
 Uma ideia se formou em sua cabeça.
 Justin olhou no relógio em cima da mesa. Passava das onze da noite. Ela tinha chegado tarde em casa.
 Ele pegou o casaco e saiu do quarto, descendo as escadas silenciosamente. Abriu a porta e saiu para a noite. Atravessou o jardim e parou na base da árvore. Sim, ele estava mesmo fazendo isso. Subiu na árvore  como um gato. Ele estava na frente da janela dela. Pisou no telhado e caminhou vagarosamente até a janela. Cuidadosamente ele abriu a janela, e, com um pulo, entrou no quarto.
 No centro do quarto, em uma cama, estava deitada uma forma coberta por lençóis. Hesitante, ele caminhou até lá. Encostado em um travesseiro estava o rosto mais lindo que ele já vira em toda a sua vida. E a boca, a linda boca, como duas pétalas de rosa. Ele se ajoelhou ao lado da cama. Ela dormia um sono profundo. Mais uma vez hesitante, ele tocou o rosto de formas perfeitas. Sentiu a pele macia sob os dedos. O cabelo estava esparramado pelo travesseiro e cheirava a limão. Justin pegou uma mecha entre os dedos. Eram macios e bem cuidados.
 Mas ela se mexeu de repente. Ela não pode nem sonhar que eu estive aqui, pensou, esquadrinhando o quarto em busca de um lugar para se esconder. Se levantou e correu até a cortina. Era longa o bastante para esconder seus pés e grossa demais para esconder seu corpo.
 A cabeça levantou e olhou em volta, atordoada.
 - Mãe? É você?
 Mas logo tombou e voltou a dormir.
 Justin só saiu detrás da cortina depois de algum tempo, por segurança. Voltou a cama e se ajoelhou, dessa vez sem tocá-la.
 - Boa noite - disse Justin, beijando suavemente o rosto de Sam.
 Sorrateiramente ele abriu a janela e saiu mais uma vez para a noite. Sim, eu estou ficando completamente maluco, pensou ele enquanto voltava para casa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário