quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Together Forever - Capítulo 35

Samantha


 Abri meus olhos numa sala branca. Com certeza não era o meu quarto. Minha cabeça estava em cima de alguma coisa dura e o meu pescoço doía. Havia um cobertor em cima de mim. Fui levantando devagar e descobri porque meu pescoço estava doendo. Estava deitada no braço de um sofá.
 Sentei no sofá e esfreguei meu pescoço. Olhei o relógio que estava na parede. Passava um pouco da meia-noite. Horas sem notícias. Eu havia passado horas sem notícias do meu pai. Chorei e dormi sem nenhuma notícia dele.
 Foi então que eu me toquei do que tinha acontecido.
 Ele estava comigo. Ele veio até o hospital, me confortou quando eu estava chorando e me cobriu quando eu dormi no seu colo. Meu coração martelou no meu peito. Um sorriso estúpido se formou no meu rosto. Ele veio atrás de mim, cantarolou meu pensamento. Ele veio atrás de mim, ele veio atrás de mim, ele veio atrás de mim!
 Uma mão tocou meu ombro.
 - Você é Samantha Williams? - perguntou uma enfermeira.
 - Sou eu sim. - O sorriso sumiu do meu rosto.
 - O dr. Dare quer conversar com você - disse a mulher. - Me acompanhe, por favor.
 Levantei da minha cama improvisada e comecei a segui-la pelos corredores do hospital. Enquanto tentava me concentrar nos meus passos, meu subconsciente fazia perguntas idiotas como "será que ele vem me ver hoje de novo?" ou, "será que ele está pensando em mim agora?" ou, pior ainda, "será que ele está com saudades de mim?". Cale a boca, ralhei. É obvio que ele não está pensando em você agora, então cale a boca e pense no meu importante agora. 
 Aquela guerra mental era mais bizarra que anjos do bem e diabinhos do mal que ficam tentando as pessoas nos desenhos animados.
 A enfermeira parou e eu quase esbarrei nela. No balcão à nossa frente havia um homem alto e moreno com um jaleco branco escrevendo num papel.
 - Dr. Dare - começou a mulher, - aqui está ela.
 - Obrigada, Sue - disse ele.
 A enfermeira assentiu e saiu. O médico passou a me encarar.
 - Bem, vou direto ao ponto - disse o homem. - Nós conseguimos reanimal seu pai.
 Sorri. Ele iria ficar bem.
 - Mas... - ele falou.
 O sorriso desapareceu.
 - Mas o quê? - perguntei.
 - Mas ele passou muito tempo sem circulação de sangue em algumas partes do corpo, principalmente no cérebro - disse o dr. Dare. - Ele ainda não acordou, então não podemos ver a extensão dos danos.
 Senti as lágrimas vindo.
 - Que tipo de danos? - perguntei num sussurro.
 - Bem, isso só ele nos dirá. - Concluiu o médico. - Mas ele precisa ficar em monitoramento o dia inteiro.
 - Eu posso vê-lo? - perguntei.
 - Claro - disse o homem. - Me acompanhe.
 Andamos por mais alguns corredores e paramos na porta do quarto 101. A essa altura meu cérebro já estava entorpecido.
 Abri a porta e o vi. Meu pai estava deitado em uma cama no meio do quarto. Vários aparelhos estavam conectados ao seu peito, inclusive aquele que fazia o bip irritante. Ele respirava profundamente e seu rosto estava sereno.
 Me aproximei da cama e peguei sua mão.
 - Oi, papai - sussurrei.
 Então todas as lágrimas que eu segurava caíram.

2 comentários:

  1. awwwwwwwwwwwwwn que lindo amor, tava muito ansiosa, continua continua ?

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  2. nossa tadinho do pai dela !
    muito bm !
    continua adoro sua IB ! *--*

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