segunda-feira, 28 de março de 2011

Imagine Belieber - Capítulo 08

 Eu: Não, Pedro...

 Pedro: Por que não, amor?
 Eu: Não estou preparada pra isso agora, além de nos conhecermos há apenas dias. Não podemos fazer isso agora.
 Pedro: Mas a gente se gosta, né?
 Eu: Não basta a gente se gostar para avançar para esse passo. A gente precisa se amar e se conhecer melhor. Essa não é a hora, Pedro.
 Pedro: Tudo bem, meu amor. Quando você estiver pronta, eu também vou estar.
 Eu: Obrigada.
 Pedro me abraçou forte.
 Ficamos namorando mais um pouco, até que deu a hora de eu ir embora. Eu viajaria para o Canadá no dia seguinte e precisava estar bem descansada.
 Pedro me levou em casa. Ele segurou minha mão durante todo o caminho até o meu prédio e, quando chegou na portaria, ele me abraçou forte mais uma vez e deu um beijo no alto da minha testa.
 Pedro: Eu vou sentir tanto a sua falta.
 Eu: Eu também vou sentir sua falta.
 Pedro: Como se você levasse um pedaço de mim com você.
 Eu: Como se você ficasse com um pedaço de mim aqui no Brasil.
 Pedro: Eu te amo.
 Eu: Eu te amo.
 Ele me abraçou forte e me deu um beijo na boca. Seria difícil ficar sem ele durante tanto tempo. Como falei, como se um pedaço de mim ficasse com ele no Brasil.
 Então eu tive que entrar. Ia chover logo.
 Eu: Tem certeza de que quer ir agora? Vai chover bastante.
 Pedro: Eu consigo chegar em casa.
 Eu: Tudo bem.
 Ele me deu mais um beijo e foi embora. Eu entrei em casa. Minha mãe estava sentada no sofá, assistindo televisão.
 Mãe: Oi filha.
 Eu: Oi mãe.
 Mãe: Filha, podemos conversar?
 Eu: Sim, mãe.
 Sentei ao seu lado no sofá. Ela esperou dois minutos antes de começar a falar.
 Mãe: Bem, você sabe que eu te amo e que só fiz isso para o seu bem, né filha?
 Eu: Sei sim, mãe. Não precisa ficar assim. Mesmo que eu não queira sair do Brasil, eu quero ver o meu pai. Já faz tanto tempo que não o vejo.
 Mãe: Sim, filha.
 Ela me abraçou forte.
 Mãe: Vai dormir, filha. Amanhã você tem que acordar cedo.
 Eu: Tudo bem. Boa noite.
 Mãe: Boa noite, filha.
 Subi para o meu quarto, tomei banho e vesti o meu pijama. Coloquei o despertador do celular para às oito e meia. Deitei na cama. Pedi para que o sonho não viesse. Aquilo estava me enchendo a paciencia.
 Bem, o sonho veio de novo.
 Dessa ves eu estava num campo com neve. A mão delicada veio mais uma vez na minha cintura. O hálito quente soprou em meu pescoço. Mais uma vez ele sussurrou no meu ouvido e eu me arrepiei. "Nosso destino já está traçado. Apenas espere", disse ele, retirando a mão da minha cintura e se afastando. E a última coisa que vi foi seu sorriso e seus olhos castanhos.
 Acordei assustada de novo. Ofegando. Olhei no relógio. Ainda eram quatro da manhã. Bati minha mão com raiva na cama, deitei e coloquei o travesseiro na cara. Argh! Por que eu não conseguia esquecer aquele maldito sonho!
 Depois de muito rolar na cama, consegui pegar no sono. Mas o despertador do celular tocou e eu tive que levantar.
 Tomei banho, troquei de roupa e tomei meu café da manhã. Minha mãe estava uma pilha de nervos. Se alguma coisa desse errado, acho que ela infartava.
 Depois do café, voltei para o meu quarto e fui terminar de arrumar minhas malas. Cinco minutos depois minha mãe estava no meu quarto. Deu duas batidinhas na porta e pediu para entrar. Lá dentro, pegou um punhado de roupas e começou a arrumar minha mala comigo. Depois de dez minutos de silêncio, minha mãe falou.
 Mãe: Vou sentir sua falta, filha.
 Eu: Eu também, mãe.
 Mãe: Eu te amo.
 Eu: Eu também te amo.
 Ela me abraçou tão forte que quase coloquei meu pulmão pra fora. Ela enxugou as lágrimas.
 Mãe: Vá se despedir dos seus amigos filha. Eu termino de arrumar suas malas.
 Eu: Obrigada, mãe.
 A primeira coisa que pensei foi: praia. Corri para a praia, que mais uma vez estava vazia, e sentei na areia. Vi o mar. Eu estava me despedindo do mar. Deitei na areia e deixei que o sol entrasse um pouco na minha pele. Era tão boa a sensação.
 Levantei e olhei o mar de novo. Eu precisava ir na casa de Carla. Em silêncio, confidenciei ao mar: "Tenho certeza que alguma coisa muito importante acontecerá no Canadá. E sei também que volto para ver você, mar. Pode ter certeza que eu volto".
 Quase corri para a casa de Carla. Já era quase hora do almoço e meu voo saíria depois do almoço. Quando ela atendeu a porta, abracei-a bem forte. Gritamos, choramos e pulamos. Minha querida amiga que eu deixaria no Brasil.
 Eu: Promete que vai me visitar no Canadá?
 Carla: Prometo sim.
 Eu: Amo você.
 Carla: Com certeza. Todo mundo me ama.
 Eu (risos): Convencida!
 Carla: Sim, temos uma surpresa pra você.
 Eu: Então me mostra.
 Carla: Agora não. Você vai se atrasar.
 Olhei no relógio e já estava na hora de almoçar.
 Eu: Tchau Carla. Te vejo no aeroporto!
 Carla: Tchau amor!
 Corri para casa. Minha mãe me sentou numa cadeira e me fez engolir o almoço inteiro, enquanto ela descia com as malas e um casaco. Depois que eu almocei, corri, escovei os dentes e entrei no carro da mamãe. Eu não podia perder o voo.
 Bem, tive a maior surpresa da minha vida quando entrei no aeroporto...

CONTINUA... (COMENTEM POR FAVOR)

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