Voltei a sonhar com o garoto.
Eu estava num salão e tudo estava escuro. Eu estava parada no centro. Foi quando eu senti a mão mais uma vez na minha cintura. Diferente do resto do meu corpo, a mão estava quente. Ele beijou meu pescoço e foi subindo até o meu ouvido. E então sussurrou as mesmas palavras. "Nosso destino está traçado. Apenas espere", ele disse e um arrepio desceu pela minha coluna. Mas eu estava paralisada. Tentei me virar, mas tudo o que consegui foi perguntar o nome dele. Ele não respondeu, apenas foi se afastando. Chamei pelo seu nome, mas ele não me escutou. Eu estava desesperada. Foi quando me virei e de relance vi os cabelos castanhos claro e os olhos cor de mel saindo do meu campo de visão e entrando na escuridão do salão.
Acordei assustada. Eu estava ofegando. Olhei no relógio e eram cinco e meia da manhã. Bati o relógio na mesinha de cabeceira. Isso era hora de eu ter um sonho e acordar? Deitei na cama, coloquei o travesseiro na cara e voltei a dormir.
Acordei mais uma vez com meu celular tocando. Atendi e Carla começou a berrar comigo.
Carla: Onde é que você tá?
Eu: Em casa, mas...
Carla: Em casa? Você ainda tá em casa? Faz meia hora que eu tô aqui no shopping e você diz que ainda tá em casa?
Eu: Calma aí! Acabei de acordar!
Carla: Você acabou de acordar?
Eu: Sim.
Carla: Troca de roupa agora e eu quero você no shopping em meia hora. Se você não aparecer aqui, eu vou embora!
Eu: Tudo bem!
Desliguei o telefone e vesti essa roupa:
Tomei um suco apressada e saí.
Sinceramente, eu quase corri até o shopping. Acho que muitas pessoas na rua ficaram tentadas a me parar e perguntar se eu tava correndo de calça jeans para alguma competição. Mas o importante foi que eu cheguei a tempo. Carla estava me olhando com cara de brava e eu realmente fiquei com medo que ela me batesse em público.
Eu: Desculpa.
Carla: Não devia te desculpar.
Eu: Mas ontem eu fui dormir muito tarde e ainda tive aquele sonho de novo.
Imediatamente Carla parou tudo.
Carla: Com o mesmo garoto?
Eu: Sim. E a mesma frase de antes.
Carla: Não será um sinal?
Eu (¬¬): Sinal de que, Carla?
Carla: Sinal de que vocÊ vai encontrar um cara lindo e perfeito no Canadá e que vocês vão namorar e...
Eu: Eu já tenho namorado, Carla.
Carla: Mas você não tinha terminado com o Luca?
Eu: Conhece o Pedro?
Carla: Aquele gatinho que estuda na nossa escola?
Eu: Ele mesmo. Pediu pra namorar comigo ontem.
Carla (O.O): Sério? Como foi?
Eu: Ah, eu tava sentada lá na praia e...
Contei toda a história a ela.
Conversa vai, conversa vem e nós, tipo, estouramos o cartão das nossas mães, mas tava valendo a pena. É sempre uma boa terapia comprar roupas.
Então decidimos comer. Eu estava morrendo de fome, sem comer desde a noite passada. Sentamos na praça de alimentação e almoçamos. Foi quando meu celular tocou. Era o Luca.
Eu: Alô.
Luca: Oi, Sam.
Eu: Oi Luca.
Luca: Nós podemos conversar mais tarde, na praia?
Eu: Podemos sim. Vou em casa e depois passo na praia. Chego em meia hora.
Luca: Certo. Te vejo lá.
Desliguei o celular e peguei minhas sacolas.
Carla: Quem era?
Eu: O Luca. Vou falar com ele. Pelo menos quando eu sair do país vou ficar de boa com ele.
Carla: Vai mesmo amiga. Tchau.
Eu: Tchau.
Mais uma vez eu corri os cem metros rasos pra chegar em casa. Mas esses eram os cem metros rasos com sacolas. Mas eu ia fazer as pazes com Luca, e era tudo o que eu queria. Não queria sair do meu país e deixar um rastro de "destruição" por onde eu passasse.
Deixei as sacolas em casa e fui para a praia. Logo encontrei Luca sentado na areia. Devagar eu me aproximei dele.
Eu: Oi.
Luca: Oi. Senta. Vamos conversar um pouco...
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Vamos
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