Imagine Belieber - Capítulo 14

 Depois que eu terminei de fazer a lição de casa, liguei o som bem alto e comecei a pular e a cantar. Eu estava de costas para a janela e quando me virei...

 

 

 Havia um ser despresível me observando pela janela. Quando percebi que estava sendo observada, dei o maior grito da minha vida. O garoto que me observava também gritou, assustado com a minha reação. Imediatamente me joguei na cama, que era um dos pontos mais afastados da janela no meu quarto. Cobri meu rosto com o travesseiro. "Ai, que vergonha! Nunca mais vou sair na rua", pensei, pedindo pra que aquilo fosse apenas imaginação.

 Mas logo vi que alguém me chamava, mas não era meu pai. Muito menos Chaz ou Ryan, ou qualquer pessoas que eu conhecia. A voz me era familiar, mas eu não sabia de onde eu a conhecia. A voz me chamava. Tive absoluta certeza de que vinha da janela.

 ***: Me desculpe, por favor! Eu não quis assustá-la. Apareça aqui e nós podemos conversar um pouco, sim?

 Morrendo de vergonha, decidi chegar na janela e tirar satisfações com aquele garoto. Por que ele estava me olhando na janela? Isso era algum Reality Show?

 Devagar, eu me aproximei da janela. Tive a cautela de não olhar nos olhos daquela pessoinha.

 ***: Me desculpe, mas...

 Levantei meu rosto e fiquei paralisada. Simplesmente não podia acreditar. Era completamente louco e eu não posdia acreditar mesmo. Quando levantei meu olhar e vi o cabelo castanho claro, os olhos cor de mel e o sorriso encantado, quase infartei. Era o mesmo garoto do maldito sonho que eu tinha várias noites. Sinceramente, eu acho que perdi a consciência por alguns segundos e logo voltei ao normal.

 Eu estava pasma, mas o garoto do outro lado da janela também. Sua boca formava um O de incredulidade acho que dez vezes maior que o meu. Mesmo assim, ele ainda era muito bonito. Como no sonho, o cabelo castanho claro lhe caía um pouco pelos olhos, o que me deixava impaciente. Mesmo sua boca não sorrindo, ainda consiguia reconhecê-la. E os olhos eram idênticos. As imagens que eu tinha dele eram muito nebulosas, mas mesmo assim consegui vê-lo nítidamente.

 Para vocês, eis o garoto:

 

 

 Eu ainda estava em estado de choque quando o garoto conseguiu falar alguma coisa: 

 ***: Me desculpe. Sinceramente, eu não queria ficar lhe... observando pela janela desse jeito. Pode me desculpar, por favor?

 Imediatamente o choque foi tomado pela raiva. Quem aquele garoto pensava que era pra zoar com a minha cara daquele jeito? Qual é! Nunca dei o direito de me observar nem a minha mãe, quanto mais àquele pirralho metido.

 ***: Você me desculpa?

 Eu: Mas é claro que não! Quem você pensa que é pra ficar espiando pela janela dos outros? Eu lhe dei esse direito, pirralho metido?

 ***: Mas...

 Eu: Não tem mais, nem meio mais! Há quanto tempo você anda me observando pela janela?

 ***: Hã...

 Eu: Responda logo!

 ***: Tá bom! Eu confesso! Vi você trocando de roupa hoje e ontem também...

 Eu: O QUE???

 ***: Me desculpa, tá bom? Mas eu acho você muito gostosa, caramba!

 Eu: E ainda tem o descaramento de me chamar de gostosa. Olha aqui seu...

 ***: Calminha aí! Você que troca de roupa com a cortina aberta!

 Eu: E você ainda coloca a culpa em mim?

 ***: Claro! Você devia pelo menos fechar a cortina!

 Não aguentei ouvir mais nenhuma palavra daquele pirralho metido. Fechei a janela e a cortina, vesti meu pijama e deitei na cama. Esperei por horas minha cabeça esvaziar e eu conseguir dormir, mas por fim, consegui.

 

 

CONTINUA... (COMENTEM PIPOQUINHAS LINDAS DO MEU CORAÇÃO)