segunda-feira, 11 de abril de 2011

Imagine Belieber - Capítulo 23

 Quando chegamos na casa de Cindy...


 Tomei o maior susto da minha vida! A casa de Cindy estava perfeitamente organizada para uma festa. Estava tudo iluminado, desde um pequeno enfeite na porta até todas as árvores e arbustos que estavam em volta da casa. Haviam muitas pessoas entrando na casa dela e o som estava bem alto. Bem, naquele momento, aprendi a amar as festas canadenses. Com certeza, eu queria morrer amiga de Cindy.
 Cutuquei Chaz.
 Eu: É sempre assim?
 Chaz: Desde que os pais dela se mudaram pra cá. Em fins de semana alternados, os pais dela fazem pequenas viagens de dois dias no máximo para alguns cidades vizinhas. Cindy diz que é por causa do trabalho deles. Mas sempre que eles viajam, ela e Chris fazem mega festas aí, convidando apenas as pessoas legais da escola.
 Eu: Como assim, legais?
 Chaz: Gente como eu e você.
 Eu: Então as três patricinhas não vem?
 Chaz: Não.
 Eu: Então a festa vai ficar muito melhor. Vamos garotos!
 Peguei na mão de Chaz e na de Ryan e os puxei para dentro da casa. Na verdade, eu achei que estava pegando na mão de Ryan, mas eu estava segurando a mão de Justin. Só percebi meu erro quando cheguei dentro da casa e soltei a mão. Quem estava me olhando era Justin, não Ryan.
 Olhei para nossas mãos juntas e para Justin. Soltei a mão rápidamente.
 Eu: Desculpa. Pensava que era Ryan.
 Antes que ele pudesse dizer alguma coisa, Cindy chegou. Ela estava fabulosa dentro desse vestido:

  

 Cindy veio e me abraçou forte.
 Cindy: Desculpa! Desculpa! Desculpa! Desculpa! Desculpa por não ter te avisado!!!
 Eu: Calma! Eu sei como é organizar uma festa! Uma vez quase esqueci de convidar meu namorado. Tá perdoada.
 Cindy: Ah! Valeu!!!
 Eu: Sim, e o que tem nessa festa hoje?
 Chaz: Vem dançar comigo que eu te mostro.
 Chaz pegou a minha mão e nós fomos para a pista de dança. Era uma música animada, ia gastar minhas energias. 
 Bem, passei a festa todinha dançando ou com Chaz, ou com Ryan. Eles não me davam sossego. Tentei evitar as danças lentas, para não dar chances a Ryan nem a Chaz de tentar alguma coisa e, eu tinha que preservar meu namoro, não é mesmo?
 Foi quando eu vi Justin, parado em um canto da sala apinhada de pessoas, olhando-me enquanto eu comia alguma coisa. Então eu senti uma coisa estranha. A mão que eu havia segurado a mão de Justin começou a formigar. Olhei para a palma e depois olhei para Justin. Ele estava com a palma da sua mão elevada, como se estivesse sentindo o mesmo. Ele me encarou e, por alguns instantes, não havia mais nada. Não havia mais festa. Não havia mais pessoas. Não havia mais uma sala apinhada de adolescentes. Não havia mais nada além dos olhos daquele garoto e eu.
 Então um garoto esbarrou em mim, e o transe acabou.
 Garoto: Desculpa!
 Eu: Tudo bem.
 Virei-me para Justin, mas ele já estava na direção da porta. Dei mais um gole no refrigerante, vesti meu casaco e o segui.
 Do lado de fora da casa, não havia ninguém. Estava bastante frio. Justin estava sentado em um balanço branco observando a lua. Quando ele viu que eu o observava, olhou para mim.
 Justin: A lua é bonita lá no Brasil?
 Eu: Não dá pra ver todos os dias, por causa da poluição. Mas sempre que vemos, ela está linda.
 Justin: Hum...
 Fui caminhando até a calçada. Já era hora de voltar para casa.
 Justin: Já vai?
 Eu: É.
 Ele se levantou do banco.
 Justin: Vou com você. Tá muito tarde pra uma garota voltar sozinha pra casa.
 Eu: OK.
 Caminhamos em silêncio até a metade do percurso. Foi quando a temperatura caiu bastante e eu estremeci um pouco de frio.Justin percebeu.
 Justin: Você está com frio?
 Eu: Um pouco, mas não precisa...
 Antes mesmo de eu terminar a frase, Justin tirou o casaco e colocou-o nos meus ombros. O cheiro que vinha do casaco era muito gostoso. Não era cheiro de perfume. Era o cheiro da pele dele. Fechei os olhos e inspirei aquele aroma delicioso. 
 Justin: Está melhor?
 Abri meus olhos.
 Eu: Sim, está.
 Recomeçamos a caminhar, dessa vez com mais proximidade. Justin percebeu que minhas mãos estavam congelando. Ele as pegou e esfregou nas suas que, ao contrário da minha, estavam bem quentinhas.
 Justin me deixou na porta de casa.
 Justin: Então, até qualquer hora.
 Eu: Até qualquer hora.
 Justin: Boa noite.
 Eu: Boa noite.
 Entrei em casa. Meu pai já estava dormindo. Entrei no meu quarto, tirei o casaco de Justin e o cheirei de novo. O aroma era delicioso mesmo. 
 Pendurei o casaco dele, tirei minha roupa e vesti o pijama. Adormeci sorrindo e pensando no acontecido.


CONTINUA... 
  

Um comentário:

  1. Aiiin q fofo o final *-*, queria q existisse meninos desses no Brasil, mas é tecnicamente impossívelmente existir um ser humano do sexo masculino educado hj em dia D;
    Adooorei S2

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